segunda-feira, 13 de maio de 2013

O DIA MUNDIAL DO BRINCAR - O Artigo 31 e o seu alcance para a garantia do direito da criança


  “O Dia Internacional do Brincar deve ser um dia de atenção total ao outro, entre gerações. Um dia no qual as crianças e os adultos fazem o que querem. Um dia relaxante, que enfatiza as relações interpessoais.
Não é preciso parar o mundo por um dia. Nós brincamos e jogamos na nossa casa, escola ou local de trabalho. Talvez esteja a descrever uma atitude e não uma atividade. Um dia divertido, que estimula a interação entre adultos e crianças, promovendo o crescimento saudável de ambos. Se todos conseguirmos fazer isto, todos os anos no mesmo dia, em diferentes partes do mundo, teremos o Dia Internacional do Brincar”
- Freda Kim.
O Dia Mundial do Brincar foi instituído pela UNESCO – ONU em 28/05/1999, na 8ª Conferência Internacional de Brinquedotecas (ITLA- International Toy Library Association) - Tokio, para chamar a atenção de todos os atores para esse direito das crianças, tão esquecido por parte dos adultos. Sua mentora, Freda Kim, propôs a comemoração sempre no dia 28 de Maio, data de fundação da ITLA.

O direito de brincar está contido no Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança (CDC) e foi referendado pelo Comitê dos Direitos da Criança, com a aprovação do Comentário Geral em 01/02/2013. Os países signatários, dentre os quais o Brasil devem, a cada cinco anos, enviar um relatório ao Comitê, sobre o progresso realizado, em relação aos direitos das crianças, em seus respectivos países.

A RNPI – Rede Nacional Primeira Infância, por meio do GT Brincar, em 2013 destaca o recém aprovado Comentário Geral – ONU sobre o Artigo 31, como fonte de referencia primária para fundamentação das ações a serem desenvolvidas pelas organizações membro da RNPI, em comemoração ao Dia Mundial do Brincar.

O Artigo 31 da CDC reconhece o direito de cada criança ao descanso, lazer, jogos, atividades recreativas e livres e plena participação na vida cultural e artística. No entanto, o Comitê sobre os Direitos da Criança entende que, para muitas crianças ao redor do mundo, esses direitos não recebem muita atenção. E, mesmo onde há esse reconhecimento, ele tende a focar em atividades estruturadas e organizadas, mais do que permitir o brincar livre e espontâneo, e a criatividade. Além disso, o aumento das populações urbanas, o papel crescente das comunicações eletrônicas, a comercialização da oferta do brincar, o trabalho infantil, a violência urbana e as crescentes demandas educacionais estão afetando de forma negativa o direito da criança brincar.

Neste briefing os aspectos a destacar são: a relevância do brincar no desenvolvimento da criança; o lazer como tempo livre da criança; a importância do descanso; a participação nas artes e na vida cultural.

  • Brincar e recreação são essenciais para a saúde das crianças e seu bem-estar por que: promovem o desenvolvimento da criatividade, da imaginação, da autoconfiança, e físico; fortalecem as habilidades sociais, cognitivas e emocionais; contribuem para todos os aspectos da aprendizagem e proporcionam diversão e prazer. 
 
  • Brincar favorece o envolvimento na vida cultural e artística das crianças, no sentido de pertencimento às suas famílias, comunidade e sociedade. 
 
  •  Respeitar o descanso e o lazer é fundamental para seu desenvolvimento. Sua ausência pode provocar danos à sua saúde, bem-estar e ao seu desenvolvimento físico e psicológico. As crianças devem poder preencher seu tempo livre tão ativamente ou inativamente, como escolherem.
 
É preciso respeitar e valorizar os atos de escolha da criança para suas atividades cotidianas e preferências, entre elas do que e como brincar.

(Adaptado de:  Marilena Flores Martins e Roselene Crepaldi- Coordenação do GT Brincar da RNPI)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

RPG e Psicoterapia - (Carlos Fagundes Rodrigues)


 O texto abaixo é do psicólogo Carlos Fagundes Rodruigues*, aficionado por jogos de tabuleiro - em especial os RPG´s - e mais novo colaborador do Ludens. Logo na estréia, nada menos do que a proposta de pensar possibilidades de utilização do RPG no setting terapêutico! 

 "O primeiro contato que tive com o RPG foi em 1997, quando ainda morava em São Paulo. Parei de jogar em 2000 quando me mudei para o Espirito Santo e fiquei dois anos longe dos jogos, mas depois de retornar não parei mais. Sempre fui fascinado pelo jogo e curioso em como poderia ser aplicado, quando entrei na faculdade realizei uma pesquisa sobre a utilização do RPG no contexto pedagógico, entrevistei professores e alunos para identificar se eles conheciam o jogo e se conheciam o que achavam de sua aplicação. O tema RPG voltou novamente no fim de meu curso quando realizei meu TCC. Usando os preceitos teóricos da psicologia analítica de Jung, com seu estudo do simbólico e mitos, proponho a utilização do RPG como um meio para o individuo alcançar a individuação atraves da vivencia, virtual, do mito do herói"

Então, vamos ao texto!


O RPG (Roleplaying Game) foi e ainda é fruto de comentários e desconfianças. Tivemos alguns percalços no caminho relacionado a acontecimento infortúnios com o nome do jogo. Agora os adeptos são tomados como adoradores ou até mesmo loucos. Porem, cada dia mais há uma disseminação deste jogo pelo âmbito acadêmico. Profissionais ligados à área escolar têm introduzido o jogo de representação como uma ferramenta para enriquecer e tornar o aprendizado mais dinâmico e interativo. Alem de criar noções de cooperação, regras e soluções de conflitos nas crianças e adolescentes. Contudo, deixando de lado o âmbito educacional, tento introduzir uma nova temática para o jogo. Seria possível sua utilização no setting terapêutico?

Primeiramente irei explicar rapidamente como se compõe o jogo. Hoje em dia temos três diferenciações do jogo: de mesa (o clássico), card games, live action e eletrônicos (os famosos MMORPG). O de mesa conta com livros que vão embasar a criação do mundo e personagens, alem de ditarem as regras operacionais do jogo, ele é presencial e conta com a utilização de fichas, mapas e dados. Os card games são cartas que trazem uma temática prévia onde cada jogador conta com um deck composto de cartas de ações ou criaturas onde cada um tem por objetivo derrotar seu oponente. O live action é embasado nas mesmas regras do de mesa, entretanto os jogadores interpretam seus personagens como se estivessem num grande teatro, às fichas são mantidas pelo narrador que tem de ter mais controle sobre o grupo, as regras são mais frouxas e preza-se mais a interpretação e interação com o grupo. Por fim temos os eletrônicos, que tem a mesma dinâmica do de mesa, porem as regras e o papel do narrador é ditado pelo programa e a interação e virtual.

Vamos focar inicialmente no princípio do jogo, a construção do personagem. Nesta etapa já temos material para analise, pois o jogador ira criar um avatar que habitará o cenário proposto. Pois bem, temos aqui uma possibilidade de sublimação, Freud (1890) apontou que o ser humano pagou um alto preço a partir do momento em que se uniram e constituíram a sociedade. As leis e convenções sociais, grosso modo, constituem o Superego e a barreira do recalque que vem para barrar as emanações pulsionais do ID. Esta força bruta que é a pulsão a todo o momento irradia por “buracos” no recalque e podemos perceber seu escape nos sonhos ou atos falhos. Entretanto, esta força pulsional encontra outras formas para se apresentar, ela desloca-se dentro deste sujeito aparecendo de maneiras diversas. Como um artista que usa-se desta pulsão para criar lindas obras, ou até mesmo um sádico que sente prazer na prática do bondage. Com isso podemos tecer uma hipótese onde a criação do personagem possa tornar-se uma via de sublimação da pulsão – sempre lembrando que estas “ações” ocorrem sempre no âmbito inconsciente. O indivíduo passa a compor um mundo virtual, seguro e que não conta com as mesmas leis e repressões sociais a que esta atrelado assim este pode realizar qualquer ação que lhe apraz.

Mas antes de explorar este mundo fantástico e “acolhedor”, o narrador deve escolher qual cenário deverá ser proposto. O cenário é um ponto chave dentro da proposta da utilização no setting, pois será ele o pano de fundo para trabalhar a individuação, que é o nosso objetivo dentro da psicoterapia. Tomando por base Gorrésio (1997) “a individuação é uma jornada do ego em busca do aumento da consciência do Self”. Antes de continuarmos vou recapitular um pouco sobre essa jornada do sujeito. Jung (1945) inicia sua formulação dos conceitos de arquétipos, onde toma-as pelas imagens mais originárias e universais dos seres humanos. Estas estruturas presentes no inconsciente coletivo são apenas arranjos vazios, os que lhe concedem força são as representações individuais de cada um. Porem com a vivencia em sociedade, alguns arquétipos se tornaram comuns a todos, a persona, a sombra, o anima/animus e o self; e são esses cinco que formam o “caminho” que o sujeito tem de percorrer para alcançar a individuação. São como fases, em sua jornada ele entra em contato com os aspectos destes arquétipos para entendê-los e incorpora-los ao ego. Porem esta é uma jornada longa e dolorosa, pois o sujeito toma consciência de aspectos pessoais que estão arraigados no inconsciente.

Mas então como o RPG poderia fazer parte desta equação? Como Gorrezio aponta, o sujeito deverá embarcar numa jornada e o que é o jogo de interpretação do que uma grande jornada por cenários diversos. Ele se insere como uma ferramenta capaz de auxiliar o processo de individuação, pois o sujeito deverá galgar caminhos tortuosos e se defrontar com os aspectos inconscientes de seus arquétipos e derrota-los, assim poderá assumi-los para si. Entretanto as temáticas de utilização do jogo como ferramenta ainda é novo, em todos os campos. Devemos enfrentar alguns desafios na construção de algo mais conciso. É necessário trabalhar mais a noção do que é o jogo e suas implicações mais do que puramente lúdica. Ainda tem-se uma visão de que jogo é algo para crianças. 

* Carlos Alberto de Castro Fagundes Rodrigues é formado em psicologia (2010/2) pela Faculdade Brasileira - UNIVIX, Pós graduando em politicas públicas pela Faculdade Pitágoras.  


Bibliografia.

JUNG, C. G. Os Arquétipos e o inconsciente coletivo - vol. IX/1. Petrópolis: Vozes, 1986.
(originalmente publicado em 1930 a 1945).

SERBENA, Carlos Augusto. Mito do Herói nos jogos de interpretação (RPG), 2006, 2. v. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Faculdade Federal de Santa Catarina, Paraná.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Projetos 2012: venha participar conosco!

O Ludens continua com suas atividades em 2012. Após a elaboração e encaminhamento do relatório final de atividades de 2011, caminhamos agora para o planejamento e excução das ações para 2012:

- As atividades de estudo estão em andamento, sempre às quartas, à partir das 18:00h. Estamos finalizando a leitura e diálogo sobre o texto de G. Brougére "A criança e a cultura lúdica" (disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551998000200007), sob a coordenação de Luana Sfalsin Zatta do 3o. Período de Psicologia matutino.

- Temos duas propostas de extensão em elaboração: "diagnóstico comunitário de condiões lúdicas" e "criança, brinquedo e consumo" - o primeiro voltado para a avaliação das condições de lazer e qualidade de vida em áreas residenciais da cidade de Linhares; o segundo propondo a reflexão sobre a mercantilização do lúdico e os desafios impostos por este fenômeno.


- O Projeto Tenda Lúdica continua em vigor. Em breve vamos disponibilizar o calendário para o próximo local de ação. Fique atento e participe!

Enfim, convidamos a todos interessados para participar conosco, fazendo parte do grupo, interagindo eventualmente em qualquer destas atividades, sugerindo novas possibilidades. Entre em contato pelo blog ou pelo email grupoluden@gmail.com


domingo, 8 de abril de 2012

Preferência lúdica de adultos. Um aproximação ao tema...


O lúdico é uma atividade que encontra sua finalidade no próprio ato de jogar. É interessante pensar que o brincar proporciona um grande desenvolvimento cognitivo, social, motor e afetivo, mas tais benefícios não podem ser comparados ao divertimento, bem-estar e alegria que o jogo proporciona. Essa atividade, no entanto, tem se deparado com uma série de impedimentos criados pelo homem para a sua ocorrência na vida adulta.

Foi construída a ideia de que o brincar é característico da infância e da adolescência. A partir do momento em que a pessoa vai deixando tais fases do desenvolvimento humano, ela precisaria ocupar-se com ofícios mais sérios como o trabalho. 

Este é um pensamento que entra em confronto direto com as ideias expostas por Huizinga (2004), que mostra que o jogo é considerado uma ocupação extremamente séria para seus participantes, devido a alguns elementos do lúdico como a tensão.

A primeira pesquisa desenvolvida pelo Grupo Ludens buscou verificar quais eram as preferências das pessoas em relação aos jogos, a freqüência com que brincavam, o que as motivava a realizar tais atividades lúdicas, o local em que costumavam jogar e as pessoas com quem brincava. Para responder a esse objetivo, algumas pessoas selecionadas aleatoriamente foram entrevistadas durante o Dia da Responsabilidade Social, evento promovido pela Faculdade Pitágoras campus Linhares/ES.

Foram 25 entrevistados entre 10 e 40 anos que, para análise desses resultados, foram classificados entre as faixas etárias de 10 a 19 anos, 20 a 29 anos e 30 a 40 anos. Os dados obtidos confirmaram as discussões existentes na literatura consultada: existe uma forte tendência de que a atividade lúdica tenha sua ocorrência diminuída com o avanço da idade.
Houve também uma predominância na preferência pelo vídeo game e pelo esporte nas três categorias de idade, sendo que os locais em que os entrevistados revelaram jogar possibilitaram uma correlação com algumas características de suas faixas etárias, como, por exemplo, o fato da maior parte dos participantes entre 10 e 19 anos responderem que costumam brincar em casa ou na escola, sabendo que nessa faixa de idade é recorrente que as pessoas estejam em instituições de ensino.

Os dados levantados contribuíram para que se considerasse que pode existir uma certa carência de momentos de lazer na vida adulta. Além de concluir a necessidade de intervenções com propósitos de inserir o lúdico nessa fase do desenvolvimento, já que este representa uma atividade separada da vida quotidiana, livre e desinteressada, diferente do que se pode encontrar em meio a vida na sociedade.

Luana Sfalsin Zatta – 3º período de Psicologia

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Povos Indígenas do Brasil Mirim - Criaças e culturas indígenas do Brasil

Lindo site do ISA, que une crianças, brincadeiras e diversidade sócio cultural - querem coisa melhor? =D
Mais uma vez, dica valiosa da Francine Bordin, do maravilhoso Antropologia da Criança (link ao lado) Valeu!

O Instituto Socioambiental (ISA) é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), desde 21 de setembro de 2001. Fundado em 22 de abril de 1994, o ISA incorporou o patrimônio material e imaterial de 15 anos de experiência do Programa Povos Indígenas no Brasil do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (PIB/CEDI) e do Núcleo de Direitos Indígenas (NDI) de Brasília. Ambas, organizações de atuação reconhecida nas questões dos direitos indígenas no Brasil.
O ISA foi criado para propor soluções que integrem questões sociais e ambientais e tem como objetivo principal defender bens e direitos coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e às populações indígenas e tradicionais. Desde então tem realizado diferentes projetos e ações em parceria com essas populações.
O PIB Mirim faz parte deste projeto. Criado a partir do site Povos Indígenas no Brasil, pretende, por meio de material destinado à pesquisa escolar - no qual temas centrais se desdobram em uma série de questões organizadas pela equipe do ISA - e do espaço Aldeia Virtual - jogo online situado em uma aldeia circular no Cerrado brasileiro - apresentar a diversidade de povos, romper com a idéia de "todos os índios são iguais" e despertar o interesse e o respeito das crianças às culturas indígenas existentes no Brasil. Tudo isso escrito em linguagem acessível ao público infantil-juvenil.
Fonte: site do Povos Indígenas do Braisl Mirim - link na seção de Blogs Legais. Vale muito a pena visitar!

Site Mapa do Brincar ganha nova versão com 750 brincadeiras



Ilustração Ana Cunha
(folha.com)

Transformar folhas de árvores em pipas, pular amarelinha chutando chinelo, bater palmas em francês.
A equipe de "Folhinha" registrou 750 brincadeiras na nova edição do site Mapa do Brincar (www.mapadobrincar.com.br ).
O caderno percorreu 30 cidades brasileiras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a fim de descobrir como as crianças brincam.
Na primeira edição, de 2009, que recebeu o Grande Prêmio Ayrton Senna de jornalismo, eram 550, a maioria do Sul e Sudeste.
Além de mais brincadeiras, o site está com cara nova, sistema de busca e entrevistas com educadores.
A equipe da "Folhinha" chegou às fronteiras brasileiras com a Bolívia, o Peru, a Argentina, o Uruguai e a Guiana Francesa.
No caminho, uma descoberta: há mais semelhanças do que diferenças entre a forma de brincar nas mais distantes regiões. É como se as crianças não ligassem para as divisões geográficas.
No Acre, por exemplo, as bolinhas de gude são chamadas de peteca e fazem tanto sucesso quanto na praça da cidadezinha peruana de Iñapari, onde são conhecidas como "bolitas".
As petecas são jogadas em círculos riscados no chão, enquanto a batalha das "bolitas" acontece no desenho de uma folha de árvore.
Em qualquer lugar, a infância é o tempo da (re)invenção, principalmente quando o assunto é brincar.
E, apesar da grande oferta da indústria de brinquedos, o site mostra que também dá para brincar com o próprio corpo, que vira uma "flecha" em um mergulho, a natureza e a imaginação.

Veja o que especialistas dizem sobre o site e o brincar.

"Brincar é uma forma de linguagem. O Mapa do Brincar é importante porque estimula que a criança brinque construindo coisas, interagindo com os outros. O adulto precisa abrir espaço para a criança expressar sua emoção brincando."
Lelia Tardivo, psicóloga e professora do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo)

"Acho fundamental o Mapa do Brincar; ele resgata brincadeiras atemporais. Na onda do Beyblade, por exemplo, as crianças querem o pião fabricado, esquecem que podem fazer um."
Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha de S.Paulo

domingo, 4 de dezembro de 2011

Curso de Especialização em Programas para a Infância, Adolescência e Juventude

www.nepsid.com
Curso de Especialização em Programas para a Infância, Adolescência e Juventude
Coordenação: Adriana Friedmann*
Com a chancela da Rede Nacional Primeira Infância

Objetivos:
Considerando a urgência em instrumentalizar quadros diversos, este curso visa formar especialistas em programas para a infância, adolescência e juventude, capacitando-os por meio de:
• um panorama interdisciplinar amplo e especializado nas temáticas relativas à infância, à adolescência e a juventude;
• informações sobre os mais recentes estudos na área, teorias e necessidades básicas para estes públicos;
• diversos programas e iniciativas locais, regionais, nacionais e internacionais, ONGs, fundações e redes existentes no país e no mundo nas áreas de saúde, educação, psicologia, cultura, políticas e defesa de direitos.

Metodologia:
Seminários, palestras, aulas expositivas, debates, mesas redondas, análise de documentos e pesquisas, análise de materiais e programas.

Público-alvo:
• Lideranças, mobilizadores, educadores, antropólogos, psicólogos, especialistas nas áreas de infância, juventude, direitos humanos, cultura de paz e áreas afins, agentes de saúde, promotores de programas culturais com foco em crianças e jovens;
• Docentes, pesquisadores e potenciais multiplicadores.
• Gestores sociais, líderes comunitários, secretários, profissionais de secretarias, fundações, ONGs, comunidades, creches, escolas e centros de formação formais e não formais;
• Profissionais com interesse em formular políticas locais intersetoriais;
• Consultores, profissionais graduados ou pós-graduados que tenham ligação direta ou indireta com esta temática.

Requisitos:
Graduação;
Curriculum Vitae atualizado;
Memorial;
Entrevista.

Local do curso: São Paulo.
Início: Março de 2012.
Duração: 24 meses – presencial ou; 30 meses – semi-presencial para grupos fora de SP.
Carga Horária: 360 horas.
Horários: Encontros mensais, no 2º final de semana de cada mês; uma semana em julho/2012, uma semana em janeiro e uma em julho/2013.

Inscrições:
Até 30 de janeiro de 2012 (1a fase – Pré-reserva: envio de ficha e taxa de inscrição)
Informações:
nepsidsp@yahoo.com.br
nepsidsp@yahoo.com
(11) 7262.4007

Conteúdo Programático:
O curso é dividido em 5 núcleos, 4 deles temáticos e 1 de acompanhamento acadêmico, ministrados por especialistas e organizações de renome e reconhecida trajetória na área.

I. Núcleo de Desenvolvimento integral:
1. Saúde de crianças e adolescentes.
2. Desenvolvimento e aprendizagem do ponto de vista da Educação.
3. Neurociências.
4. O ponto de vista da Antroposofia.
5. Orientação Nutricional na infância e adolescência.
6. Psicologia do desenvolvimento.

II. Núcleo de Antropologia:
7. Antropologia, infância e cultura.
8. Diversidades: crianças moradoras de cortiços, órfãs e/ou abrigadas, ribeirinhas, indígenas, quilombolas,
de áreas rurais, de áreas urbanas.
9. Meio ambiente, cidades e sustentabilidade.
10. Orientação para as famílias.
11. Comunicação, mídia, mercado e Marketing voltados para crianças e jovens.

III. Núcleo de Gestão:
12. Captação de recursos e investidores.
13. Políticas públicas, legislação, diretrizes e documentos existentes.
14. Direitos, campanhas e instrumentos de denúncia e proteção.
15. Gestão, custos e administração de programas públicos e privados.

IV. Núcleo de Programas:
16. Espaços e propostas lúdicas e expressivas adequadas.
17. Cultura e Arte: programas voltados para crianças e jovens.
18. Programas para a infância e juventude no Terceiro Setor.
19. Programas nacionais e internacionais.
20. Humanização e ética nas práticas.

V. Núcleo Acadêmico:
21. Metodologia para elaboração de monografia.
22. Orientação para elaboração e avaliação de programas./Orientação para elaboração de pesquisas./ Orientação para elaboração de materiais didáticos e de outras mídias./Orientação para elaboração de cursos de formação.
23. Didática.

Produções
Programas, pesquisas, monografias, materiais didáticos e outras publicações.

*Adriana Friedmann - Doutora em Antropologia, Mestre em Educação. Coordenadora do NEPSID – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento. Co-fundadora da Aliança pela Infância. Palestrante, docente, consultora e autora de vários livros na área.

Site do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento - NEPSID: www.nepsid.com
 
Via: Blog Antropologia da Criança (Francine)