domingo, 8 de abril de 2012

Preferência lúdica de adultos. Um aproximação ao tema...


O lúdico é uma atividade que encontra sua finalidade no próprio ato de jogar. É interessante pensar que o brincar proporciona um grande desenvolvimento cognitivo, social, motor e afetivo, mas tais benefícios não podem ser comparados ao divertimento, bem-estar e alegria que o jogo proporciona. Essa atividade, no entanto, tem se deparado com uma série de impedimentos criados pelo homem para a sua ocorrência na vida adulta.

Foi construída a ideia de que o brincar é característico da infância e da adolescência. A partir do momento em que a pessoa vai deixando tais fases do desenvolvimento humano, ela precisaria ocupar-se com ofícios mais sérios como o trabalho. 

Este é um pensamento que entra em confronto direto com as ideias expostas por Huizinga (2004), que mostra que o jogo é considerado uma ocupação extremamente séria para seus participantes, devido a alguns elementos do lúdico como a tensão.

A primeira pesquisa desenvolvida pelo Grupo Ludens buscou verificar quais eram as preferências das pessoas em relação aos jogos, a freqüência com que brincavam, o que as motivava a realizar tais atividades lúdicas, o local em que costumavam jogar e as pessoas com quem brincava. Para responder a esse objetivo, algumas pessoas selecionadas aleatoriamente foram entrevistadas durante o Dia da Responsabilidade Social, evento promovido pela Faculdade Pitágoras campus Linhares/ES.

Foram 25 entrevistados entre 10 e 40 anos que, para análise desses resultados, foram classificados entre as faixas etárias de 10 a 19 anos, 20 a 29 anos e 30 a 40 anos. Os dados obtidos confirmaram as discussões existentes na literatura consultada: existe uma forte tendência de que a atividade lúdica tenha sua ocorrência diminuída com o avanço da idade.
Houve também uma predominância na preferência pelo vídeo game e pelo esporte nas três categorias de idade, sendo que os locais em que os entrevistados revelaram jogar possibilitaram uma correlação com algumas características de suas faixas etárias, como, por exemplo, o fato da maior parte dos participantes entre 10 e 19 anos responderem que costumam brincar em casa ou na escola, sabendo que nessa faixa de idade é recorrente que as pessoas estejam em instituições de ensino.

Os dados levantados contribuíram para que se considerasse que pode existir uma certa carência de momentos de lazer na vida adulta. Além de concluir a necessidade de intervenções com propósitos de inserir o lúdico nessa fase do desenvolvimento, já que este representa uma atividade separada da vida quotidiana, livre e desinteressada, diferente do que se pode encontrar em meio a vida na sociedade.

Luana Sfalsin Zatta – 3º período de Psicologia

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